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sábado, 15 de setembro de 2012

A relatividade do termo "justiça"

 
 

No filme “Código de Conduta”, um acordo promovido por um promotor e um réu em um processo de homicídio de uma mulher e uma criança leva o homem, vítima do crime, a iniciar um processo de vingança, buscando justiça. O sentimento de inconformidade é algo compartilhado por todos, quando um dos criminosos, por delatar o companheiro, não é condenado. No entanto, o questionamento é mais profundo. A justiça é algo real? É algo delimitado? É pautável?

A justiça é relativa. Cada ser humano identifica-a de uma maneira, havendo é claro certos padrões de aceitação, no entanto muda a intensidade desses fatores. O que para alguns é uma contravenção para outros pode se configurar como crime. Há uma subjetividade que torna impossível a generalização do termo “justiça”.

As normas surgem, dessa forma, como maneira de objetivar esse conceito tão profundo. A questão não é se agrada ou não a todos, mas se é aplicável ou não à sociedade. A vingança que é mostrada no filme é fruto de nossos instintos mais selvagens, não há lugar para ela em nossa sociedade atual. Se os julgamentos estão sujeitos a erros, a sociedade estaria sujeita a descontrole e a uma possível autodestruição sem a existência das normas.

É claro que precisamos propor maneiras para quem sabe solucionar os problemas de nosso sistema jurídico, mas a violência e a vingança não são válidas, não são objetivos, são apenas instintos que devem ser controlados.

 

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