No filme “Código de Conduta”, um acordo promovido por um
promotor e um réu em um processo de homicídio de uma mulher e uma criança leva
o homem, vítima do crime, a iniciar um processo de vingança, buscando justiça. O
sentimento de inconformidade é algo compartilhado por todos, quando um dos
criminosos, por delatar o companheiro, não é condenado. No entanto, o
questionamento é mais profundo. A justiça é algo real? É algo delimitado? É
pautável?
A justiça é relativa. Cada ser humano identifica-a de uma
maneira, havendo é claro certos padrões de aceitação, no entanto muda a
intensidade desses fatores. O que para alguns é uma contravenção para outros
pode se configurar como crime. Há uma subjetividade que torna impossível a generalização
do termo “justiça”.
As normas surgem, dessa forma, como maneira de objetivar esse
conceito tão profundo. A questão não é se agrada ou não a todos, mas se é
aplicável ou não à sociedade. A vingança que é mostrada no filme é fruto de nossos
instintos mais selvagens, não há lugar para ela em nossa sociedade atual. Se os
julgamentos estão sujeitos a erros, a sociedade estaria sujeita a descontrole e
a uma possível autodestruição sem a existência das normas.
É claro que precisamos propor maneiras para quem sabe
solucionar os problemas de nosso sistema jurídico, mas a violência e a vingança
não são válidas, não são objetivos, são apenas instintos que devem ser
controlados.
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