De forma recorrente, é possível analisar como a indústria
influencia relações sociais e os desejos dos indivíduos de maneira profunda. No
entanto, não se contendo apenas na criação de desejos através de propagandas, a
indústria (gerida pelo sistema capitalista) obteve o poder de influenciar até
mesmo nas visões e ideologias mais intrínsecas de nosso ser. Ao ponto de que,
coisas que julgávamos serem inatas, partes de nossa personalidade, na verdade
serem conceitos ditados pelo mercado para que lucros sejam gerados.
De mesmo modo, observa-se o exemplo do pistache, semente que
ganhou a atenção do público nas mídias sociais. Um brasileiro pode até gostar do
sabor do pistache, mas tenhamos em mente que, se o comércio não tivesse
promovido excessivamente a ideia do saboroso pistache, talvez nunca saberíamos
da existência do mesmo, pois não faz parte do âmbito natural brasileiro.
Possivelmente, alguém deve pensar que isso seria uma coisa positiva, já que o
mercado estaria, teoricamente, trazendo diferentes possibilidades de acesso à
produtos para o público, mas vale ressaltar que a real intenção do mercado é
gerar um super consumismo para que haja o acúmulo de capital.
Dessa forma, pode-se relacionar tal pensamento ao conceito
de materialismo histórico de Karl Marx que apresenta a ideia de que as relações
sociais estão intimamente ligadas com as relações econômicas, o que é comprovado
quando analisamos que apenas o fato de gostarmos de um estilo de roupa é um
instrumento do capitalismo para a geração de lucro.
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