Poderia esse forte pensamento de caráter revolucionário, baseado na luta de classes, ser inserido na formação dos juristas da atualidade? Decerto, para Roberto Lyra Filho, em sua obra “O que é direito?” os pensamentos marxistas estão intrinsecamente interligados ao Direito em si, enquanto fenômeno social. Em poucas palavras, podemos resumir Direito como poder, poder o qual emana de forma constante de cima para baixo, ou seja, das classes dominantes para as classes dominadas. Assim, se faz necessária a reflexão sobre quem realmente detém o poder ao tratarmos dessa ciência social porque na verdade nada é por acaso.
Analogamente,
percebe-se o cunho marxista nas greves e manifestações realizadas pelo CADir ao
longo dos anos, os quais lutavam por um ambiente universitário mais saudável e
prazeroso para o estudo diário. As histórias contadas pelos palestrantes
demonstram que todas as mudanças que impactaram a universidade de forma
positiva partiram dos próprios alunos, que invocaram seus direitos. Certamente,
as manifestações devem ocorrer de maneira pacífica para evitar a anomia e
desordem dentro do campus, mas ela tem o dever de chamar a atenção daqueles que
estão na direção da coordenação para as demandas estudantis.
Ademais, ressalta-se
que existe, por grande parte da população brasileira, uma grande aversão ao
termo “marxismo” que é resultante da polarização do séc. XX. Entretanto, os
pensamentos de Karl Marx vão muito além da grande revolução e podem ser
aplicados nos dias atuais com o intuito de desenvolver uma sociedade mais harmônica
e igualitária.
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