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domingo, 10 de março de 2024

O NEGACIONISMO E O ESQUECIMENTO DE DESCARTES

Mergulhada em diversas crises durante seus 500 anos de vida, a nação brasileira possui um grande histórico de caos político, social e econômico. Todavia, sendo motivo de orgulho ao brasileiros que ainda possuem pelo menos um grão de razão em sua consciência, requisito raro na atual conjectura social, o Brasil sempre demonstrou, desde a Revolta da Vacina em 1910, uma exímia aptidão na aplicação de tal imunização ativa, sendo coroado, durante muito tempo, como um dos países com maior cobertura vacinal. 

Como a alegria dos subdesenvolvidas dura pouco, a nação, conforme o passar dos anos, esquecera os ensinamentos de Descartes e fora destronada. Localizado no século XVII, René Descartes, filósofo e matemático francês, tornou-se reconhecido pela frase "Penso, logo existo". Valorizando a dimensão do pensar cientificamente, o filósofo desempenhou grande papel na divulgação do método científico racional, destacando a exímia utilidade da ciência como um elemento voltado para o bem do homem. 

Entretanto, nota-se que significativa parcela do vigente corpo social manifesta crescente deliberada ignorância no que tange aos benefícios da ciência, especialmente a questão vacinal. Preferindo manter-se submersos no mar de suas falsas certezas, os cidadãos tornam-se céticos irracionais, negando a eficácia daquilo que já fora comprovado eficaz, alegando não ver aquilo que é evidente e obedecendo a um messias que, ao invés de trazer-lhes vida e salvação, leva-os ao caminho da morte.

   Nesse sentido, ao negar os ensinamentos de Descartes e projetar seu próprio fim, os indivíduos se valem do pensamento de Thomas Hobbes: "O homem é o lobo do homem".


Emanuel Francisco da Silveira, 1º ano - Matutino, RA: 241220637

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