Fatos Sociais “Patológicos”
Émile Durkheim foi um sociólogo francês do séc. XIX
considerado clássico na sociologia, criador de um conceito muito utilizado até
nos dias atuais, o Fato Social. Este representa uma ação que seria influenciada
por fatores externos, como os costumes, independentemente da vontade do indivíduo.
De maneira
simplificada, os fatos sociais são aqueles que nos ensinam, e em certos casos
nos impõem, os costumes de certa cultura. Por exemplo, as escolas nos ensinam
matérias básicas que utilizaremos no decorrer da vida, mas além disso ela
também nos ensina costumes da nossa sociedade, além de nos habituar com certas
práticas. Um exemplo mais rígido seriam as leis, que não apenas ditam o que nós
não devemos fazer, mas também nos repreendem caso as desobedeçamos.
Há ainda uma subdivisão do fato social em dois ramos, o
normal e o patológico. O fato social normal diz respeito aos fatos benéficos à manutenção da convivência em sociedade, que mantêm a ordem e coesão, seria literalmente
manter o “normal”. Por outro lado, o fato social patológico seria o completo
oposto, seria a quebra da ordem, seria o rompimento do “normal”, mas não necessariamente
deve ser tratado como algo abominável, até por que, para haver a evolução da
sociedade, e de seus costumes, é necessário haver modificações no sistema, um
exemplo disso seria o “crime” cometido por Rosa Parks em 1955, no qual a mulher
se recusou a ceder seu lugar para um homem branco no transporte público, que futuramente auxiliou na luta por direitos iguais.
Com isso, percebe-se que apesar do nome pejorativo, nem
todos os fatos sociais patológicos são, necessariamente, maléficos para a sociedade, pois apesar
de, à primeira vista, abalar os costumes da população, suas ações podem acabar
por gerar uma indagação sobre a validade destes costumes, e, em certos casos, proporcionar sua evolução.
Bruno Issamu Ishioka
1° Semestre - Matutino
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