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quarta-feira, 18 de maio de 2022

Fatos Sociais “Patológicos”

 

Émile Durkheim foi um sociólogo francês do séc. XIX considerado clássico na sociologia, criador de um conceito muito utilizado até nos dias atuais, o Fato Social. Este representa uma ação que seria influenciada por fatores externos, como os costumes, independentemente da vontade do indivíduo.

 De maneira simplificada, os fatos sociais são aqueles que nos ensinam, e em certos casos nos impõem, os costumes de certa cultura. Por exemplo, as escolas nos ensinam matérias básicas que utilizaremos no decorrer da vida, mas além disso ela também nos ensina costumes da nossa sociedade, além de nos habituar com certas práticas. Um exemplo mais rígido seriam as leis, que não apenas ditam o que nós não devemos fazer, mas também nos repreendem caso as desobedeçamos.

Há ainda uma subdivisão do fato social em dois ramos, o normal e o patológico. O fato social normal diz respeito aos fatos benéficos à manutenção da convivência em sociedade, que mantêm a ordem e coesão, seria literalmente manter o “normal”. Por outro lado, o fato social patológico seria o completo oposto, seria a quebra da ordem, seria o rompimento do “normal”, mas não necessariamente deve ser tratado como algo abominável, até por que, para haver a evolução da sociedade, e de seus costumes, é necessário haver modificações no sistema, um exemplo disso seria o “crime” cometido por Rosa Parks em 1955, no qual a mulher se recusou a ceder seu lugar para um homem branco no transporte público, que futuramente auxiliou na luta por direitos iguais.

Com isso, percebe-se que apesar do nome pejorativo, nem todos os fatos sociais patológicos são, necessariamente, maléficos para a sociedade, pois apesar de, à primeira vista, abalar os costumes da população, suas ações podem acabar por gerar uma indagação sobre a validade destes costumes, e, em certos casos, proporcionar sua evolução.

 

Bruno Issamu Ishioka

1° Semestre - Matutino

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