Triste, Louca ou
Má: uma canção sobre a subversão feminina quanto aos valores
“Sad, mad or Bad” ou
“Triste, louca ou má” é uma frase que de forma pejorativa se refere às mulheres
que escolhem a opção de serem solteiras, de não se reproduzirem ou de simplesmente
não seguirem os valores da mulher na sociedade. O positivismo, ou física social
positiva, se vale muito da “realidade como ela é”, mas tem como base a moral (para
Comte, universalizou-se pelo cristianismo) e o valores. Assim, em um recorte sobre
as mulheres, temos que socialmente, elas são feitas para a reprodução conforme
interpretação cristã, a moral define que a mulher deve portar-se como mulher.
Ou seja, aquela que oferece o progresso da sociedade através da natalidade e do
cuidado para com o lar e o homem.
Contudo, a canção de
Francisco, el Hombre aborda uma mulher subversiva:
“Triste,
louca ou má
Será qualificada ela
Quem recusar
Seguir receita tal
A receita cultural
Do marido, da família
Cuida, cuida da rotina
Só mesmo rejeita
Bem conhecida receita
Quem, não sem dores
Aceita que tudo deve mudar” (...)
Nos versos acima tem-se
uma figura feminina que está rejeitando alguns padrões culturais e assim está
sendo julgada. No entanto, o eu lírico apoia essa subversão (Quem, não sem
dores, aceita que tudo deve mudar). A pessoa retratada na canção seria a
contradição de “amor por princípio”, que Comte esboça, pois como mulher, ela
não cumpre o papel social a ela predestinado. Sendo assim, a rejeição pelos valores, nesse caso, o ventre frutífero e o matrimônio, é também uma rejeição ao positivsmo imposto pela sociedade.
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