Positivismo, equilíbrio rumo ao progresso ou a manutenção do regresso?
Augusto Comte foi um filósofo francês, que desde novo
possuía um olhar inovador. Mas seus ideais não foram bem recebidos de início,
por isso foi expulso da escola em que estudava, por incentivar e liderar
manifestações entre os alunos.
Sua ideologia foi modelada através de diferentes
experiências, dentre elas: a marcha progressiva constante, que indicava que a
sociedade sempre rumava ao progresso; suas obras que já percebiam certas
semelhanças entre as ciências da natureza e a ciência da sociedade; a situação
em que a Europa se encontrava devido à revolução industrial, dentre outros
inúmeros casos.
Seus ideais foram tão dispersados pelo mundo, que movimentos
brasileiros utilizaram suas doutrinas. Um exemplo disso foi a Primeira
República brasileira, que inclusive deu origem ao lema positivista de nossa
bandeira “Ordem e Progresso”, que até hoje influencia diversos conservadores,
que acreditam que o progresso da sociedade só pode ser obtido através da ordem estática.
Porém, percebe-se nos dias atuais que grande parte da
população contraria tais argumentos, o que causa grande incômodo para os
conservadores. Para Comte, os revolucionários estão prejudicando a ordem da
sociedade, e por isso impedindo o progresso da mesma. Mas tal pensamento não
pode ser aceito nos dias atuais, tendo em vista o leque de conquistas que foram
feitas devido às revoluções, dentre elas: a Revolução francesa, que pôs fim aos
privilégios abusivos da nobreza, às revoluções que buscaram igualdade de
gênero, que ainda estão ocorrendo inclusive, dentre outras.
Segundo a teoria de Comte, a sociedade visava a
solidariedade, a felicidade do coletivo em detrimento da felicidade individual,
e por este motivo, diversos regimes capitalistas utilizaram essa teoria para
justificar as situações precárias em que o proletariado se encontrava.
Logo, percebe-se a importância dessa corrente,
principalmente por ser uma das primeiras a estudar as relações sociais. Porém,
ela pode ser extremamente perigosa quando aplicada em regimes capitalistas,
devido à sua alienação das classes operárias, além de justificar abusos com o
argumento de solidariedade.
Bruno Issamu Ishioka. 1° ano Direito Matutino.
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