Positivismo e sua relação com os movimentos sociais
De certa forma, ao se pensar
acerca do positivismo, vêm à mente a frase: ordem e progresso. De fato, Augusto
Comte, ao propor tal modo de vida e de análise da sociedade, visava estudá-la
como realmente é, prezando pela racionalidade e, portanto, pelo equilíbrio
social. Assim, dentro dessa máxima, atualmente, vislumbram-se diversos
movimentos sociais que não prezam por esses ideais. Logo, pode-se dar como
exemplo o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), uma vez que buscam uma
reforma agrária para a diminuição das desigualdades sociais. Como pensar em
disparidades se cada um exerce seu exato papel na sociedade? Não há como romper
com a coesão. É a lei natural proposta por Darwin: os mais fortes prevalecem e
os mais fracos, infelizmente (ou até felizmente, por ser propriamente
necessário) devem ser extintos. O coletivo precisa que as grandes propriedades
continuem nas mãos de quem as sabe manejar, para que se estabilize a ideia de
que uns devem deter o poder para comandar, haver organização e, por conseguinte,
ordem. É a única maneira de se chegar ao progresso: assumindo seu papel como
desprovido de terras, mas importante para o trabalho nestas. Portanto, uns
devem se sacrificar para o bem da população em geral, afim de manter a
sociedade nos eixos.
Com efeito, observa-se que tal visão,
proposta, hodiernamente, por Olavo de Carvalho, deve privilegiar, sempre, a
sobrevivência da humanidade, acima de qualquer coisa. Utilizando-se de tal
pensamento, chega-se à conclusão de que tais movimentos sociais, incluindo o de
luta negra e LGBT, são puramente utilizados para causar adversidades na
estabilidade social. Fazem uso do discurso vitimista de que sofrem preconceito
e, portanto, não possuem direitos defensores de suas populações. Tal anomalia é
tão absurda que esquecem do propósito fundamental da Constituição brasileira:
igualdade perante à lei. Ademais, falando-se exclusivamente dos gays, lésbicas
e transexuais, pode-se chegar à conclusão de que uma simples vontade, ou até
fantasia, assumiu a necessidade de se pensar no bem coletivo, e, portanto, na
reprodução humana. O falso moralismo pregado esquece de que a
heterossexualidade carregou a sociedade até os dias atuais, sem dar espaço a
meros desejos, já que a principal forma de manutenção da imobilidade social não
é o prazer e, sim, o pensamento no futuro. Já os negros mantém sua mente
voltada ao passado e deixam que suas paranoias de “serem olhados/tratados
diferente” tomem conta de suas ações e, dessa forma, gerem revolta e abdicação
por direitos. Não consideram que há diferença racial, ou de cor, como preferem,
mas buscam proteção diferente dos brancos. Onde se baseiam tais ideais? Se não
há diferença entre as cores, por que deve ter no tratamento e nas leis?
Por fim, é irrefutável que tais
movimentos rompem com o positivismo idealizado por Comte, uma vez que não
pregam pela ordem e, muito menos, pelo progresso. Perdeu-se, com a mentalidade
difundida, o equilíbrio e a coesão, tornando-se formadores de opiniões
pseudocientíficas, baseadas em achismos e inverdades. A humanidade já não tem
seu sentido defendido e o desdém e a insanidade regem os pensamentos seguidos
pelo povo. Fala-se tanto de organização e evolução social, mas não agem
conforme para alcançá-los. A convicção de pensamentos corretos é tão absoluta
que não se pode confrontar, ou estará sendo machista, racista e homofóbico,
nunca verdadeiro, sensato e racional.
PS: O artigo acima não é de minha opinião e sim de concordância com o autor Olavo de Carvalho. É apenas um exercício proposto pelo professor Agnaldo.Ana Júlia Lima
1°Ano Direito Noturno
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