No livro "O imbecil coletivo" em "Mentiras gays" podemos observar toda uma estrutura argumentativa baseada nas ideias positivistas de Auguste Comte, de certo não utilizadas da maneira que o pensador provavelmente gostaria já que Olavo de Carvalho utilizou os conceitos da doutrina dentro de um mundo totalmente diferente do que era na época em que ela foi concebida.
De certa forma alguns pontos do positivismo são mais abordados nas ideias da parte do livro, como a afirmação de que a natureza move a humanidade, argumento que é utilizado para estruturar sua argumentação de que a homossexualidade é um gosto, ou no minimo é inferior a heterossexualidade, considerando que o primeiro é uma escolha ou deficiência, enquanto o segundo é o que a natureza escolheu como a salvação de toda a espécie, através dessa evolução "natural" que ele defende ele começa a dissertar sobre como a homossexualidade não deve ser considerada em um patamar equivalente a heterossexualidade.
Outro ponto que o escritor do livro compartilha com o mais superficial do positivismo, é a tendencia a colocar os humanos em pró da sociedade como uma prioridade, assim dizendo que um dos únicos direitos dos "gays" deve ser a de conseguirem um trabalho sem preconceito, ou seja, não importa muito seus sentimentos desde que cumpram seu papel social como trabalhadores.
No fim o livro possui diversos argumentos de cunho positivista com o proposito de desfavorecer a luta dos homossexuais por mais direitos, entretanto é inegável que sua argumentação em diversos pontos são falaciosas e sofistas, com mais o enfoque em parecer verdade do que realmente ser verdade, por trás da Ordem e Progresso que ele quer apresentar, eu particularmente vejo um individuo tentando convencer as pessoas através de dados manipulados ou fora de contexto.
Carlos Eduardo Trigo Nasser Felix- Matutino
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