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quinta-feira, 18 de abril de 2019

Equívocos dos dizeres positivistas

O positivismo, de Augusto Comte, buscou a criação de uma ciência e organização
social frente a ideologias teológicas e metafisicas, que – apesar de fazerem parte do
amadurecimento do entendimento humano – não visam o concreto. Dessa perspectiva nasce
um novo estágio do conhecimento, chamado de positivo, o qual se baseia no certo, real e útil
socialmente.

Conquanto, ao passo que se analisa a sociedade, uma vez que essa corresponde a
um organismo vivo e em constante transformação, faz-se necessário não criar uma visão única
e engessada que a defina e a estatiza sem cair em preceitos maléficos, os quais romperiam
com a grandeza e complexidade da estrutura social e tornaria frívolo o estudo sociológico.
Dessa realidade, nota-se, ao analisar o texto “Mentiras Gays”, de Olavo de
Carvalho, presente em sua obra “O imbecil coletivo: atualidades inculturais brasileiras”, o
equívoco de engendrar leis e paradigmas, a fim de definir a sociedade, sem causar danos e
justificar preconceitos já existentes. Logo, mostra-se essencial um aprofundamento social nas
questões polêmicas, tal como o tema dos homossexuais, e não um mecanismo determinante e
um modelo estigmatizado.

Portanto, apesar do positivismo criar uma maneira lógica e concreta de
conhecimento, seu uso deve possuir um caráter cauteloso, a fim de possuir suas benéficas
qualidades cientificas sem romper com a ética e, novamente, cair em preceitos que não
ajudam a explicar o mundo e a sociedade devidamente.

Pedro Jose Bachur - Direito Matutino

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