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terça-feira, 26 de junho de 2018

Axel Honneth e o movimento LGBT




Em 2011, foram reconhecidos, após julgamento no STF, direitos na união homoafetiva. Tal decisão é um marco na história do Brasil e uma vitória, uma vez que representantes LGBT´s sempre foram considerados como minorias, excluídos da sociedade brasileira e vítimas de muito preconceito e discriminação, de forma injusta e desumana.
Há muitos anos que esses grupos vêm lutando pela garantia de seus direitos, seja por meio de manifestações, passeatas, eventos. Lésbicas, gays, transexuais e travestis não se sentem reconhecidos, muito menos representados por nossa sociedade, na medida em que o preconceito é tão imenso e tão presente que nos impossibilita de enxergar outras formas de afeto, que não entre homem e mulher, e torna a identidade de gênero algo regrado, determinado, exclusivamente, por nosso sexo biológico.
Movimentados por esse não reconhecimento, como defendeu o filósofo alemão Axel Honneth, o universo LGBT e qualquer outro movimento social, se une, partindo desse sentimento individual de injustiça e lesão aos sentimentos morais, construindo, assim, uma identidade coletiva.
A busca por direitos e a conquista dos mesmos é seguida de um sentimento de segurança do cumprimento social de algumas pretensões desses movimentos, como o reconhecimento do casamento homoafetivo, por exemplo.
Portanto, uma vez positivados, esses direitos também se tornam reconhecidos pelo restante da população e, na maioria das vezes, respeitados também. Assim, como bem disse Honneth, em seu texto “Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais”, “graças à aquisição cumulativa de autoconfiança, auto-respeito e auto-estima”, conquistados por meio do reconhecimento pelo direito e sociedade, “uma pessoa é capaz de se conceber de modo irrestrito como um ser autônomo e individuado e de identificar com seus objetivos e desejos” e acaba por se sentir parte integrante da sociedade.

TAINAH GASPAROTTO BUENO - DIREITO DIURNO - TURMA XXXV

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