Em 2011, foram
reconhecidos, após julgamento no STF, direitos na união homoafetiva. Tal
decisão é um marco na história do Brasil e uma vitória, uma vez que
representantes LGBT´s sempre foram considerados como minorias, excluídos da sociedade
brasileira e vítimas de muito preconceito e discriminação, de forma injusta e
desumana.
Há muitos anos
que esses grupos vêm lutando pela garantia de seus direitos, seja por meio de
manifestações, passeatas, eventos. Lésbicas, gays, transexuais e travestis não
se sentem reconhecidos, muito menos representados por nossa sociedade, na
medida em que o preconceito é tão imenso e tão presente que nos impossibilita
de enxergar outras formas de afeto, que não entre homem e mulher, e torna a
identidade de gênero algo regrado, determinado, exclusivamente, por nosso sexo
biológico.
Movimentados por
esse não reconhecimento, como defendeu o filósofo alemão Axel Honneth, o
universo LGBT e qualquer outro movimento social, se une, partindo desse
sentimento individual de injustiça e lesão aos sentimentos morais, construindo,
assim, uma identidade coletiva.
A busca por
direitos e a conquista dos mesmos é seguida de um sentimento de segurança do cumprimento
social de algumas pretensões desses movimentos, como o reconhecimento do
casamento homoafetivo, por exemplo.
Portanto, uma
vez positivados, esses direitos também se tornam reconhecidos pelo restante da
população e, na maioria das vezes, respeitados também. Assim, como bem disse
Honneth, em seu texto “Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos
sociais”, “graças à aquisição cumulativa de autoconfiança, auto-respeito e
auto-estima”, conquistados por meio do reconhecimento pelo direito e sociedade,
“uma pessoa é capaz de se conceber de modo irrestrito como um ser autônomo e
individuado e de identificar com seus objetivos e desejos” e acaba por se
sentir parte integrante da sociedade.
TAINAH GASPAROTTO BUENO - DIREITO DIURNO - TURMA XXXV
Nenhum comentário:
Postar um comentário