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segunda-feira, 19 de março de 2018

O militarismo brasileiro e sua influência positivista

Augusto Comte o responsável pela idealização da filosofia positivista, explica o avanço histórico da sociedade em três etapas, a etapa teológica, onde a sociedade está baseada principalmente na religião, a etapa metafísica, onde a razão surge e o principal plano social se encontra em idealizações e finalmente a etapa positivista, onde a razão é muito presente e o principal foco social é o foco material.

Comte, na etapa positivista, afirma que a sociedade estará em seu estágio mais avançado e para que ela continue a se desenvolver é necessária a manteneção da ORDEM. Além disso a filosofia positivista em sua essência possui um teor militar para fomentar o controle social. Pensando nisso, podemos olhar para o Brasil da atualidade e analisar toda a atuação militar desde a ditadura de 1964 até os dias de hoje e poderemos compreender que até mesmo a nossa bandeira possui uma forte influência positivista, afinal, nosso lema é ''Ordem e Progresso''.

O Rio de Janeiro hoje, está sob intervenção militar com a justificativa de que a ordem do estado está ameaçada. A decisão da intervenção é muito questionada, afinal os militares estão sendo acusados de estarem gerando mais desordem, com abusos de poder, invasão de casas sem mandado e abordagens questionáveis. Recentemente uma vereadora responsável por acompanhar a intervenção foi executada após relatar diversos abusos cometidos pelas UPPs e pelos militares. A execução de Marielle Franco pode nos fazer pensar que a ordem a ser mantida pela óptica positivista pode ser seletiva e a desordem gerada é na verdade para as classes mais baixas do Rio que estão submetidas ao Estado paralelo que é o tráfico. A ordem a ser mantida é na verdade a ordem para a classe dominante e o custo do progresso é a paz das massas.

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