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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

A liberdade e o meio social

A consciência não é formada por si só. O homem depende da experiência para aprender. O certo e o errado não nascem de forma natural no subconsciente. A sociedade exerce uma influência muito maior do que você imagina. O conhecimento puro não existe.
         Todas essas afirmações são assustadoras quando paramos para analisar a fundo tudo o que elas realmente significam em nossas vidas. Elas nos fazem questionar o real valor da liberdade e até mesmo se ela existe, pois no mundo em que vivemos, a pressão social com que temos que lidar e toda a formação e as obrigações inconscientes de comportamentos que aceitamos sem ponderar, nos mostram que a liberdade é um assunto delicado e subjetivo.
         Liberdade, o grau de independência de um ser, o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, o ato de satisfazer sua vontade. Será que todos os significados dessa palavra não se opõe à formação de valores que recebemos desde crianças?
        Desde o nascimento somos orientados a agir de certas maneiras, temos que ser calmos, obedientes, quietos, temos de comer determinadas coisas, em determinados horários, temos coisas que podemos ou não fazer, para que assim tenhamos uma convivência mais fácil no meio em que fomos inseridos.
         A partir dessa criação é que nossos valores são formados. As experiências que vivemos fazem com que sejamos as pessoas que somos, exatamente como somos. É aí que mora a dificuldade em entender os atos das outras pessoas que não foram educadas como você e não tem os mesmos valores enraizados.
         O fato social, tudo aquilo que influencia as pessoas ao redor do acontecido, é uma consequência da realidade vivida por cada um. Todos reagimos de formas diferentes a determinadas situações com as quais somos afetados.
         O fenômeno social, na contemporaneidade passa a ter uma causa e desempenhar uma função. Durkheim passa a ver os acontecimentos dentro de uma sociedade de forma a não mais julgar como patologias sociais, mas como realidades com as quais temos que lidar e tentar refrear tudo aquilo que exerce uma função negativa para o meio.
         Podemos ver, por exemplo, a situação das favelas brasileiras. A violência lá influência a formação de todos os que estão nesse processo, crianças não podem ir às escolas, famílias vivem com medo e tudo isso vem sendo ignorado, fazendo com que se inicie um ciclo vicioso ainda mais difícil de se tratar.
         Sendo assim, podemos entender que a partir do estudo sociológico o entendimento do fato social mudou e que a realidade vivida tem muita influência sobre os atos de cada um, além de a força da influência social faça ser quase impossível alguém se diferenciar dos outros componentes do meio social em que está inserido.

Maria Antonia Oliveira de Paula - 1º Direito Diuno

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