A
sociedade cria seus próprios antissociais
Émile Durkheim, sociólogo
francês, criou o conceito de consciência coletiva, que seria o conjunto de características e conhecimentos comuns
de uma sociedade, que faz com que os indivíduos pensem e ajam de forma semelhante.
Para o funcionalista, o indivíduo é influenciado pela sociedade, de forma que
não há um limite claro entre a consciência individual e a coletiva.
Seguindo
a teoria de Durkheim, pessoas que desenvolvem patologias sociais são
necessariamente influenciadas pelo ambiente ao seu redor. Como exemplo, tem-se
a anorexia, que dentre outros fatores é causada pela influência do estereótipo
de beleza que está inserido na sociedade.
Um dos casos mais
intrigantes que se tem relatos é o da psicopatia de Elizabeth Thomas. A menina
perdeu a mãe muito cedo, com apenas um ano de idade. Assim, ela e seu irmão
mais novo ficaram sob guarda de seu pai biológico. Seis meses depois, os médicos identificaram que ela havia sofrido abusos
sexuais por parte de seu pai. Então, a menina foi diagnosticada com uma desordem emocional chamada Transtorno de Apego
Reativo. A principal característica dessa condição consiste na falta de
sociabilidade e de empatia, sendo incapaz de se relacionar com as pessoas ou de
sentir afeto. Felizmente, Elizabeth e seu irmão foram adotados por um
casal que investiu muito na ressocialização da garota, reintegrando-a
socialmente com sucesso.
A
questão se mostra como indiscutível quanto às influências sociais em nossas
vidas, no entanto, até que ponto somos livres dessas influências? Qual é o mau
que elas podem nos causar? Como identificar um ser humano que possui uma
patologia? Como nos proteger diante de uma sociedade tão complexa? Essas e
outras perguntas são difíceis de responder, mas de uma coisa eu sei: todos nós
possuímos patologias, seja de formas brandas até aquelas devastadoras que
ameaçam o convívio social.
Gabriel Marcolongo Paulino- 1°Ano Direito/Noturno
Gabriel Marcolongo Paulino- 1°Ano Direito/Noturno
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