Como representado no título, podemos dizer que Francis Bacon foi um dos primeiros - e mais importantes - idealizadores do método empírico. A revolução causada por ele no campo científico é vinculada à nomenclatura de sua grande obra: Novum Organum (Novo Instrumento). Com tal ideologia, Bacon pressupunha um novo instrumento de percepção do mundo - as experiências. Porém, a grande diferença residia na ideia de utilizar a ciência como algo prático, algo criador. Sendo assim, Francis criticava a filosofia contemplativa, sobretudo a grega, dizendo ser esta uma "sabedoria farta em palavras, mas estéril de obras". Bacon pregava que a razão deveria ser escrava da experiência, ou seja: devia-se moldar a mente a partir de experiências, e, nunca, em hipótese alguma, o contrário.
Além deste Utilitarismo declarado, Bacon visava abolir todas as maneiras de "descaminhos" do conhecimento. Para ele, um coxo no caminho certo chega a seu destino antes de um corredor extraviado. São essas extravias que Francis Bacon tenta eliminar. Desse modo, rompeu com ideias baseadas no senso-comum, acabou com misticismos e nomeou as falsas percepções do mundo como "ídolos", referindo-se à idolatria que, muitas vezes, nos afasta do conhecimento real da verdade e do mundo. Havia ídolos da tribo, da caverna, do foro e o teatro. Todos eles, de algum modo, nos ocorriam por meio de determinadas relações, e mostravam-se sempre como ideias falsas, já que para sua criação não fora empreendido nenhum tipo de método experimental científico.
Portanto, é correto afirmar que Francis Bacon, à luz do ano de 1620, propôs uma ciência utilitária, baseada na luta para alcançar a dominação da natureza, influenciando grandes pensadores como Descartes. Bacon promoveu uma profunda mudança que pode ser notada até hoje em nossa ciência contemporânea, totalmente funcional e aplicada, que visa, assim como Francis ensinava, antecipar o acaso e o futuro.
Thales Flausino Alves Ferreira, Direito, 1º ano, matutino
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