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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Ponto de Mutação. Esquece-se de duvidar.

(Este texto se inicia com o mesmo parágrafo exposto no texto Francis Bacon e o Processo de Metodologia do Conhecimento, de minha autoria, que é a última publicação feita por mim neste blog.)

O homem desenvolve, ao longo de sua história, metodologias de conhecimento, ainda que, durante muito tempo esta terminologia fosse ignorada. Ou seja, o método empregado pelos primeiros homens para as pequenas descobertas, empreendido nas atividades diárias e sem embasamento teórico evidente, é equivalente ao método aplicado pelos indivíduos do século XXI, conhecido como Século do Conhecimento, ou a sociedade global do conhecimento. Claro está que a metodologia empregada pelos cientistas das mais diversas áreas, no presente século, é provida de maior teorização e é explicita. Assim, o homem contemporâneo exercita seu conhecimento através de um método proclamado. É inadmissível uma forma de conhecimento que não esteja sob determinada perspectiva, que não seja específica.
Entretanto, a obra “Mindwalk, Ponto de Mutação”, demonstra que a análise de perspectivas específicas pode causar a falha na compreensão dos movimentos existentes na sociedade humana e no conhecimento físico. A discussão entre três personagens que simbolizam áreas de pesquisa acerca da vida humana, uma física, um político e um poeta, propõe que não se pode admitir apenas uma perspectiva sobre determinado assunto e manter-se alheio as outras relações que compõe determinado movimento. A preocupação que o político e o poeta expõem ao longo do filme é a de quem se sente desprovido de métodos que possam efetivamente realizar modificações e que deem conhecimentos justos e compreensões necessárias, respectivamente.

O autor da obra propõe, através da contínua negação da pura aplicação dos propostos de Descartes que, a aplicação da pormenorização dos problemas e as críticas específicas sobre determinado assunto não constituem um pensamento completo e inovador. É irônico que o próprio Descartes diz em sua obra para que duvidemos, e parece que confiamos tão fielmente que devemos aplicar o método dele que descartamos a necessidade de duvidar.

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