O pai da sociologia, Emile
Durkheim, na obra “ As regras do método sociológico”, acreditava que algumas
maneiras de o homem ser, pensar e sentir ocorrem devido a coerção sofrida do
sistema. Ou seja, para Emile se uma criança fosse educada em um meio social em
que todos andassem nus, provavelmente ela só andaria nua também. Tal exemplificação define o fato social,
conceito de grande relevância na obra de Emile, pois se constituiria na base
dos estudos sociológicos.
Outro ponto de relevância na obra são as causas
eficientes. Instituições, a exemplo das escolas e práticas sociais como a família, não
se formam do nada, e sim da necessidade do ordenamento social. Ou seja, a educação,
o Direito, a família servem para conter qualquer caos que houvesse no sistema.
Além dessas causas eficientes que ajudam na construção de uma sociedade melhor,
Emile acreditava muito na solidariedade coletiva como agente do equilíbrio
social. Diferentemente de Mark, que acreditava que a sociedade era o caos puro
e repleta de conflitos entre as diferentes classes sociais, Durkheim afirmava
que aquele que trabalhava como catador de lixo, padeiro, marceneiro, médico, engenheiro,
advogado e seja lá o que for, pensava no bem social, no bem da sociedade,
afinal, como que seria o mundo sem os trabalhadores que recolhessem o lixo, por
exemplo?
Vale ressaltar ainda, que Durkheim discordava da
ideia de que sociedade seria a soma das consciências individuais. Isso
significa que não é porque uma parcela mínima da população seja a favor da pena
de morte, por exemplo, que a pena de morte de fato seja a voz da sociedade,
seja uma regra para ser seguida pela sociedade. Se assim fosse, jamais estariam
surgindo tantas leis em favor das relações homossexuais, haja vista a
existência de inúmeras pessoas homofóbicas na população.
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