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sábado, 12 de maio de 2012

Durkheim e conceitos


                 O pai da sociologia, Emile Durkheim, na obra “ As regras do método sociológico”, acreditava que algumas maneiras de o homem ser, pensar e sentir ocorrem devido a coerção sofrida do sistema. Ou seja, para Emile se uma criança fosse educada em um meio social em que todos andassem nus, provavelmente ela só andaria nua também.  Tal exemplificação define o fato social, conceito de grande relevância na obra de Emile, pois se constituiria na base dos estudos sociológicos.
                Outro ponto de relevância na obra são as causas eficientes. Instituições, a exemplo das   escolas e práticas sociais como a família, não se formam do nada, e sim da necessidade do ordenamento social. Ou seja, a educação, o Direito, a família servem para conter qualquer caos que houvesse no sistema. Além dessas causas eficientes que ajudam na construção de uma sociedade melhor, Emile acreditava muito na solidariedade coletiva como agente do equilíbrio social. Diferentemente de Mark, que acreditava que a sociedade era o caos puro e repleta de conflitos entre as diferentes classes sociais, Durkheim afirmava que aquele que trabalhava como catador de lixo, padeiro, marceneiro, médico, engenheiro, advogado e seja lá o que for, pensava no bem social, no bem da sociedade, afinal, como que seria o mundo sem os trabalhadores que recolhessem o lixo, por exemplo?
                Vale ressaltar ainda, que Durkheim discordava da ideia de que sociedade seria a soma das consciências individuais. Isso significa que não é porque uma parcela mínima da população seja a favor da pena de morte, por exemplo, que a pena de morte de fato seja a voz da sociedade, seja uma regra para ser seguida pela sociedade. Se assim fosse, jamais estariam surgindo tantas leis em favor das relações homossexuais, haja vista a existência de inúmeras pessoas homofóbicas na população.

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