A interação social é gritante e quase indispensável para a
prática dos Direitos Civis, liberdades individuais, vontades econômicas e práticas
comuns entre as pessoas. É inegável a presença de grupos que se
inter-relacionam de maneira insolúvel e que, portanto, delimitam um espaço para
a política, a economia, o Estado, etc. Logo, a movimentação de capital, os
grupos sociais, as informações por meio de aparatos tecnológicos incríveis não
se fazem mais do que onipresentes.
Tal onipresença, possibilitou a Émile Durkheim, em Regras do Método Sociológico,
estabelecer interessantes conclusões e métodos de se pensar a Sociologia e
diferenciá-la da Psicologia, que, segundo ele, foi erradamente predominante nos
pensamentos de outros “sociólogos”. Retira-se daí, que as consciências
individuais não se sobrepõem à organização grupal, ou seja, o psíquico não
explica o meio social, mas quem o explica são os fatos sociais, independente dos indivíduos, mas que possuem como
base o agir do homem em sociedade.
Além disso, o que torna Durkheim extremamente atual é que
sua conclusão sobre o prevalecimento das decisões em geral não são fruto das
concepções e opiniões individuais. Assim, como exemplo da sociedade de hoje,
temos a formação de um governo, o qual é escolhido, em sua maioria, pela
população. Porém, como se percebe, os votos que se depositam em uma urna eletrônica
(exemplo brasileiro) são divergentes e, com isso, conclui-se que o grupo que
votou no candidato que perdeu a eleição foi “arrastado” pelas pessoas que
votaram no vencedor.
Expressando-se de uma forma diferente, Durkheim percebeu,
brilhantemente, que os pensamentos individuais se diferenciam do pensamento
coletivo como um todo. Desse modo, pode-se fazer uma analogia com a Gramática, não
obstante, a muitas outras matérias curriculares. Tomando como base a matéria já
citada, é de senso comum que, quando se tomam as palavras isoladas, elas
possuem a algum grupo gramatical (numeral, substantivo, adjetivo etc), mas
quando tais palavras são acopladas numa frase, elas podem exercer novas funções
e, logo, diferentes visões sobre ela.
Por fim, a estrutura societária possui moldes os quais
muitos se percebem (estratificação social, por exemplo), porém, outros se
passam invisíveis, ou, de outro modo, menos vistos (coerção externa nos valores
e crenças, idéia esta formulada por Durkheim). Assim, o meio social, tão citado
pelo autor, modifica-se constantemente, seja pela ação de tais grupos, ou até
das particularidades de um só ser.
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