As definições de Público e de Privado, para Weber, são complexas uma vez que a linha que as divide é tenua, tão nebulosa quanto a linha de influência entre as duas. Tais conceitos são instáveis uma vez que na realidade o Público e o Privado se misturam constantemente em diversas situações.
O Poder Público muitas vezes influência o Poder Privado pois as leis referêntes a econômia - protecionistas ou não - ordenam diretamente a dinâmica comercial e obtenção de lucro de pessoas jurídicas e até a renda das pessoas físicas indiretamente. As medidas governamentais regulam a vida privada no geral, já que o conjunto de leis de um país é regulador de todo o povo que reside neste.
Já o poder Privado também influência o poder Público uma vez que a defesa de interesses do poder Privado no Público já tornou-se comum. Os patrocínios nas eleições, oriundos de pessoas jurídicas (empresas, universidades particulares...), fazem com que o Poder Publíco vincule-se e até torne-se subordinado aos interesses privados.
Até o conceito de liberdade encontra-se propenso a mudanças de significado se visto do ângulo do poder Público ou do Privado. Ou seja, para o Público, segundo Weber, liberdade é a hipertrofia do Privado; já para o Privado liberdade é a hipertrofia do Público.
O Privado não vê o Público como sua responsábilidade e portanto não se vê no dever de zelar por nada que se diga público. Ocorre portanto, a negação do Público pelo Privado, sendo fácil a apoderação ou degradação de bens Públicos, uma vez que esses não contam com a defesa do público, ou seja, da população.
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