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sábado, 9 de abril de 2011

Tudo em todos

O filme "Ponto de Mutação" aborda um diálogo entre três pessoas: um político, um poeta e uma física; que, embora tenham opiniões divergentes, estão dispostos a ouvir e pensar sobre novas ideias. A física é convidada a participar da conversa que os demais estaõ tendo sobre um relógio,e logo faz uma dura crítca a visão cartesiana com a qual muitos políticos analisam o mundo, a natureza...
A crítica ao pensamento de Descartes não tem por objetivo sua condenação, mas o reconhecimento de suas limitações, ainda mais nos dias atuais, em que esta visão mecanicista do mundo, além de errônea, é verdadeiramente nociva. Na realidade de globalização não se pode olhar para os problemas mundiais tentando entendê-los e resolvê-los separadamente. Há a necessidade de uma nova visão de mundo, na qual se estabeleçam conexões (a exemplo da mostrada no filme: a diminuição do consumo de carne vermelha, que além de melhorar vários aspectos da saúde humana, diminui o desmatamento causado pelas pastagens).
O político então aponta uma questão aos seus colegas de debate: como concretizar essas novas ideias na política, como fazer com que as pessoas (eleitores) consigam entender? A resposta recebida é a mudança da nossa percepção de mundo, atingida através da educação, tanto no âmbito de acumulação de conhecimentos, como no âmbito ambiental, econômico, social, científico... partindo da noção de que todos nos relacionamos ao todo. Logo esta é a única forma de trocarmos a intervenção pela prevenção, o individual pelo coletivo, o "saber perigoso" por aquele em benefício de todos.

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