Logo no começo de “Discurso do Método”, René Descartes evidencia a razão como sendo a única coisa que nos distingue dos animais, e inicia-nos em seu método, com o qual mostra-se muito exigente e crítico. É esse criticismo que o leva a duvidar de tudo e a usar a razão na busca da verdade. Busca essa que devia dar-se de forma gradativa até que se alcançasse a verdade plena.
Descartes pensa ser o homem o elemento central na construção do conhecimento, é dele a responsabilidade de explicar os fenômenos que envolvem sua vida. Por isso, a ciência deveria ser usada como um instrumento público e cumulativo a favor da sociedade, o que leva o estudioso a criticar a filosofia especulativa, que não traz um efeito imediato à vida humana.
Um diferencial na obra de Descartes é a relação que ele estabelece entre a racionalidade e a mecânica divina, ele considera que seria necessário desvendá-la para transformar o mundo, usando-a em favor do homem.
É o comprometimento de Descartes com a racionalidade, com a clareza na exposição das ideias, que torna seu estudo ainda atual, já que a aplicacão desses conceitos mostra-se útil em diversas áreas de nossas vidas até hoje.
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