Na obra de Karl Marx e
Friedrich Engels “A ideologia alemã”, um dos principais assuntos que permeia
toda a cadeia de pensamentos é o “modo de produção”. O modo de produção
influencia toda a realidade concreta da humanidade, desde a acumulação de
capital, até mesmo nas manifestações culturais. Uma fala emblemática é – “A
maneira como os indivíduos manifestam sua vida reflete exatamente como eles
são” (pág. 11). Tal pensamento é muito demonstrado na sociedade, desde os
séculos passados, até os dias atuais.
No passado, os imperadores
romanos cunhavam seus respectivos rostos nas moedas que circulavam pelo império
como uma forma de reafirma o poder, mas isso revelava a ganância e avareza que
eles possuíam, e foi consequentemente uma das causas do fim do Império Romano.
Nos dias atuais, no século das redes sociais, as pessoas cultuam o “belo” e a
“estética” e sendo avesso a tudo aquilo que foge do padrão, revelando, assim, a
vaidade e a superficialidade dos indivíduos. Todas essas manifestações
culturais giram entorno do capital, ou seja, os modos de produção também estão
presentes não só na produção material, como também na produção
imaterial/intelectual.
Entretanto, a manifestação
cultural vista na sociedade é reflexo dos modos de produção, especificadamente,
da classe que domina esses modos. Essa classe dominante leva seus respectivos
interesses individual para expressar a produção intelectual, negligenciando os
interesses coletivos, por uma simples questão de egoísmo e superficialidade. Há
casos que aparentemente os interesses coletivos são levados em consideração,
porém, isso não passa de uma manobra política para alcançar o tão almejado
interesse individual da classe dominante.
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