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sábado, 14 de março de 2020

Somos todos iguais perante o poder judiciário?


Sendo o povo brasileiro composto pelas mais diversas culturas e condições sociais, seria plausível admitir que o direito também seja composto e praticado por pessoas das mais diversas origens e estamentos sociais, uma vez que a constituição assegura a igualdade de todos perante a lei, independente de qualquer natureza.
No Brasil, segundo a Comissão Nacional de Justiça, o poder judiciário é composto por pessoas advindas de um mesmo estrato social, homens, brancos, católicos e com berço em famílias de classe média. Estes dados mostram que a visão de uma determinada camada da sociedade é utilizada para julgar grande parte dos casos de um país.
Além da concentração social já mencionada, a justiça também sofre com o posicionamento político de determinado grupo social, fazendo com que as concepções socias já ultrapassadas exerçam influência sobre as decisões dos magistrados, como por exemplo, a decisão da juíza Adriana Gatto Martins Bonemer, sobre o trote machista da UNIFRAN aplicado em fevereiro de 2019.
Fica então, possível perceber que a justiça brasileira tem cor, religião, classe social e gênero. E que em função da atual falta de pluralidade na composição do judiciário, o mesmo julga, por vezes, de maneira parcial ao que é mais próximo de suas concepções      e costumes.


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