O
capital permitiu que a humanidade testemunhasse incrível progresso.
Suas
enormes bestas de aço e fogo carregaram, em seus ventres, todas as riquezas do
mundo.
Distâncias
continentais agora podem ser percorridas em dias, se não horas.
O
homem ganhou os céus e lançou-se ao espaço.
Em
menos de trezentos anos, a espécie humana foi de descobridora de ilhotas a
exploradora da infinidade do breu espacial.
Paralelamente,
desenhou-se algo igualmente inédito: o abismo da miséria.
A
tecnologia ultrapassa a compreensão humana. Concomitantemente, famílias
inteiras abandonam suas casas, pois não há água para beber ou pão para comer.
Milhões,
se não bilhões, são diariamente cercadas por fome, desespero e miséria.
O
novo deus, o Mercado, com suas artimanhas sedutoras, apagou das preocupações
humanas o próprio homem.
Em nome da liberdade e igualdade, comandam-se
sangrentas batalhas, cujos combatentes limitam-se a assustados jovens.
Em
nome do capital e prosperidade, decapitaram-se reis e queimaram-se cidades. Em
nome do novo deus, desuniram-se os povos e mataram-se culturas.
Basta.
O
novo deus, pelas mãos de seus sacerdotes banqueiros, agiotas, capitalistas e
burocratas, humilha a humanidade; faz-la matar, morrer, roubar e corromper em
nome de pedaços de papel, quando não números digitais em uma tela.
Basta.
Do
novo deus arrancaremos a cabeça. Das cidades dos ricos subtrairemos as
riquezas. Das cinzas da opressão faremos surgir uma nova ordem.
Sem
classes, sem patrões ou servos.
Somente
homens e mulheres.
Juntos.
À luta!
Nenhum comentário:
Postar um comentário