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sábado, 9 de setembro de 2017

O Novo Deus

O capital permitiu que a humanidade testemunhasse incrível progresso.
Suas enormes bestas de aço e fogo carregaram, em seus ventres, todas as riquezas do mundo.
Distâncias continentais agora podem ser percorridas em dias, se não horas.
O homem ganhou os céus e lançou-se ao espaço.
Em menos de trezentos anos, a espécie humana foi de descobridora de ilhotas a exploradora da infinidade do breu espacial.
Paralelamente, desenhou-se algo igualmente inédito: o abismo da miséria.
A tecnologia ultrapassa a compreensão humana. Concomitantemente, famílias inteiras abandonam suas casas, pois não há água para beber ou pão para comer.
Milhões, se não bilhões, são diariamente cercadas por fome, desespero e miséria.
O novo deus, o Mercado, com suas artimanhas sedutoras, apagou das preocupações humanas o próprio homem.
 Em nome da liberdade e igualdade, comandam-se sangrentas batalhas, cujos combatentes limitam-se a assustados jovens.
Em nome do capital e prosperidade, decapitaram-se reis e queimaram-se cidades. Em nome do novo deus, desuniram-se os povos e mataram-se culturas.
Basta.
O novo deus, pelas mãos de seus sacerdotes banqueiros, agiotas, capitalistas e burocratas, humilha a humanidade; faz-la matar, morrer, roubar e corromper em nome de pedaços de papel, quando não números digitais em uma tela.
Basta.
Do novo deus arrancaremos a cabeça. Das cidades dos ricos subtrairemos as riquezas. Das cinzas da opressão faremos surgir uma nova ordem.
Sem classes, sem patrões ou servos.

Somente homens e mulheres. 
Juntos.

À luta!

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