Augusto Comte elaborou a construção do conhecimento em três estágios, sendo o último o positivo e a meta de todas as sociedades. Porém, o modelo que o filósofo leva em consideração é a sociedade industrial, na qual elementos da ordem e do progresso realizam sua plenitude, sendo esta, portanto, uma visão etnocêntrica, a qual refuta outro tipo de sociedade que não a industrial. Na visão Comteana, portanto, alguns povos nunca chegariam ao êxito positivista, já que passariam até, no máximo, apenas ao segundo estágio.
Além disso, Comte mostra ter uma visão preconceituosa ao afirmar que o elemento desagregador da sociedade, seria nocivo para a mesma e dessa forma, desacredita muitos fatos como a reinserção social de um ex-presidiário. Por tal razão, muitos governos utilizaram a teoria positivista na América Latina a partir dos anos 50, a fim de reestabelecer a coesão social.
Apesar de o filósofo ter algumas ideias avessas á atualidade, ele contribuiu positivamente ao estabelecer o trabalho como uma maneira de obtenção de dignidade e reconhecimento dentro da sociedade. Ademais, a filosofia positivista também prevê o bem social acima do individual, fornecendo elementos que viriam a formar a 3ª dimensão dos direitos humanos.
Carolina Pelho Junqueira de Barros - Direito Diurno
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