Ao fazer uma crítica ao método
cartesiano, proposta por René Descartes, que afirmava que além do uso único da
razão para se chegar à verdade, deve-se fragmentar o todo para melhor
conhece-lo, o filme “Ponto de Mutação” retrata exemplos e argumentos
sistematizados contra essa teoria. Segundo o filme, não se pode olhar
isoladamente para uma problemática, quando ela esta envolvida num contexto
econômico, social, politico ou ambiental, pois mesmo que, metaforicamente, concerte-se
essa peça, quebrará em um segundo, pois se ignorou o que está conectado a ela.
Um exemplo esclarecedor a ser
citado proposto pela física Sonia, protagonista do filme, é o problema da
superpopulação no mundo. Este não está relacionado, isoladamente, com o uso de
pílulas contraceptivas, mas com questões econômicas e sociais. Assim, nos
países subdesenvolvidos, de terceiro mundo, principalmente, milhões de crianças
morrem de desnutrição e doenças que já possuem cura, reduzindo a população.
Porém, é discutido, na obra, um
grande empasse. Se tudo esta
relacionado, conectado, por onde começar a resolver as conexões? E a resposta
dada é que se vive numa crise de percepção. É preciso mudar a maneira de ver o
mundo, deixar de analisa-lo sob uma perspectiva cartesiana. Necessita-se de uma
ciência de novo tipo, que em vez de analisar os fragmentos, visa olhar o
sistema como um todo entendendo que cada um é obra de tudo.
Não obstante, é necessário
perceber as possibilidades do amanhã, pois antes de tudo o homem é o único
responsável por suas descobertas, suas palavras, suas ações, e os reflexos das
mesmas no universo em que está inserido.
Heloisa C. Leonel
1º ano Direito Diurno
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