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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Sobre Bacon, ídolos e a Mídia

Conforme discutido pelo filósofo clássico Francis Bacon, a razão é necessária para chegar à verdade, porém a experiência é o ponto chave. Segundo ele, a interpretação do mudo pela experiência deve estar livre dos ídolos da mente humana, que são pré-noções e pré-conceitos criados pela mente sob influência de alguém ou algo.

Assim, na contemporaneidade, os “ídolos da caverna” retratados por Bacon se aproximam de forma notável da manipulação midiática. Pois conforme discutido pelo filósofo Guy Debord, a desinformação é o mau uso da verdade. Depreende-se disso que se vive hoje a “Era da desinformação”, já que os veículos midiáticos atuam como 4º poder vigente e têm a manipulação jornalística como principal meio de alienar a população. Assim, a forma como o homem vê o mundo é valorativa.

Não obstante, com o bombardeamento de inúmeras informações em um curto período de tempo, somado ao sensacionalismo, não há tempo para o telespectador pensar criticamente e julgar as informações, facilitando a padronização e a massificação do pensamento.

É valido ainda ressaltar, que a humanidade esta acostumada a ver imagens e torna-las como verdade, porém há edições, cortes e manipulações. Dessa forma, vê-se apenas o “Simulacro da Realidade” e ao acredita-lo, o homem vive aprisionado na caverna, na sua própria ignorância.

Contudo, o homem deve sempre procurar desenvolver sua vigilância epistêmica, senso crítico para julgar uma informação, através da leitura consciente e de uma educação de qualidade. Assim a humanidade está livre dos “Ídolos da Caverna”, que assombraram e assombram o caminho para se chegar à verdade última.



Heloísa C. Leonel
1º ano de Direito Diurno 


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