De acordo com o pensamento de Marx, o surgimento da Indústria Moderna, fez com que o Capital se apropriasse de formas suplementares de trabalho, como a de mulheres e crianças, isso porque com o emprego da maquinaria a força muscular se tornou uma característica supérflua, colocando assim todos os membros da família para trabalhar. Desse modo repartiu o valor do trabalho do homem adulto pela família inteira, fazendo com que a exploração aumentasse e o trabalho do homem adulto fosse desvalorizado. O declínio dos salários fez com que todos os integrantes da família tivessem que trabalhar para poderem se sustentar. Com isso, o homem deixa de vender sua força de trabalho para vender a de sua mulher e seus filhos, ou seja, torna-se um traficante de escravos.
Uma das principais consequências desse fato é o aumento da mortalidade infantil nos primeiros anos de vida devido à falta de cuidado com as crianças pelo fato das mães trabalharem fora de casa, especialmente nas fábricas capitalistas. Muitas vezes, mesmo as leis criadas para proteger crianças e adolescentes, eram facilmente burladas, como a que limitava o trabalho de meninos com menos de 13 anos de idade, em que os médicos escreviam atestados aumentando a idade das crianças para que elas pudessem trabalhar por mais de 6 horas. Outro exemplo foi a criação da lei fabril que previa a instrução elementar de menores de 14 anos para so assim poder emprega-los, a qual sofreu oposição dos fabricantes que usavam de trapaças para burla-la.
Bianca Bastos, Emmanuelle Nasser, Felipe Rotolo, Guilherme Reis, Leonor Rabelo e Rodrigo Nadais - Direito Noturno
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