Buscando
entender a sociedade em que vivia, Augusto Comte propõe a formação de uma nova
ciência, a Física Social (que mais tarde passou a ser chamada de Sociologia),
baseada em uma Filosofia Positiva. Esta,
deseja entender o motivo da intensa agitação social que ocorria na Europa com
um intuito reformista de cessar o caos, trazendo a ordem.
Para
desenvolver a Filosofia Positiva, Comte narra o desenvolvimento da inteligência
humana, que teria passado por três estágios de conhecimento: o Teológico, o
Metafísico e, por ultimo, –aquele que Filosofia ainda teria que alcançar – o
Científico. Assim, sociedades consideradas primitivas ou “infantis” estariam no
primeiro estágio e sociedades “desenvolvidas” no terceiro.
Dessa
forma, pode-se considerar a filosofia de
Comte como uma influência da Antropologia do século XIX. Já que quando o homem
e sua forma de se organizar em sociedade passou a ser objeto de estudo,
julgavam importante estudar primeiramente as formas de sociedade consideradas
“simples” para depois poder entender as mais “complexas”. Assim, os povos que serviram como objeto
de estudo nesse primeiro momento foram os presentes nas colônias europeias na América e na
África.
Sendo
assim, a Europa utiliza da antropologia (que ao estudar os nativos das colônias
os julgou ainda no estágio Teológico e, portando, ou definiu como inferiores ou
atrasados) e do positivismo (que defende que ao se manter a ordem governamental,
da forma como a Europa fazia, se traria o progresso para a região) para
justificar a dominação de outros povos durante a colonização.
Nenhum comentário:
Postar um comentário