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sexta-feira, 22 de março de 2013

Mentes Mecânicas


A partir do filme Ponto de Mutação pude perceber que muitas pessoas pararam no tempo de Descartes e não conseguem ver o mundo com uma nova percepção.  Mesmo sendo um filme antigo, os exemplos de pensamentos encaixam-se perfeitamente na sociedade contemporânea, principalmente a forma de pensar do personagem que é candidato à Presidência dos Estados Unidos.
O modo de vida imediatista fez com que a fragmentação se acentue, como diz no filme  “não consigo me concentrar em nada que não seja específico”; assim cada um consegue consertar uma “engrenagem” mas não sabe de que se trata o todo. A vida dessa forma torna-se mecânica e a natureza é a grande máquina escravizada, como já dizia Bacon.
Essa forma de agir e pensar forma um descaso com as gerações futuras, já que o todo não é levado em conta na resolução de problemas, como por exemplo, em questões de lixo, saúde e educação. Os políticos preferem votos a melhorias efetivas e o senso comum vence o pensamento ecológico.
A cura dessa forma de pensar da massa não é tão simples. Primeiramente, é preciso negar a premissa de que “Saber é Poder”, e depois começar a pensar, sem fins lucrativos, na melhora das condições de vida como um todo. A personagem propõe a busca por um pensamento ecológico, uma nova percepção de mundo, mas mesmo assim, em nenhum momento, ela dá uma fórmula a ser seguida.
É preciso entender que engrenagens não existem mais e o conhecimento do mundo cabe na palma da mão. O mundo evoluiu muito mas a mente ainda está mecanizada.
Giovanna Gomes de Paula- direito noturno

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