A partir do filme Ponto de
Mutação pude perceber que muitas pessoas pararam no tempo de Descartes e não
conseguem ver o mundo com uma nova percepção.
Mesmo sendo um filme antigo, os exemplos de pensamentos encaixam-se
perfeitamente na sociedade contemporânea, principalmente a forma de pensar do
personagem que é candidato à Presidência dos Estados Unidos.
O modo de vida imediatista
fez com que a fragmentação se acentue, como diz no filme “não consigo me concentrar em nada que não
seja específico”; assim cada um consegue consertar uma “engrenagem” mas não
sabe de que se trata o todo. A vida dessa forma torna-se mecânica e a natureza
é a grande máquina escravizada, como já dizia Bacon.
Essa forma de agir e pensar
forma um descaso com as gerações futuras, já que o todo não é levado em conta
na resolução de problemas, como por exemplo, em questões de lixo, saúde e
educação. Os políticos preferem votos a melhorias efetivas e o senso comum
vence o pensamento ecológico.
A cura dessa forma de pensar
da massa não é tão simples. Primeiramente, é preciso negar a premissa de que “Saber
é Poder”, e depois começar a pensar, sem fins lucrativos, na melhora das
condições de vida como um todo. A personagem propõe a busca por um pensamento
ecológico, uma nova percepção de mundo, mas mesmo assim, em nenhum momento, ela
dá uma fórmula a ser seguida.
É preciso entender que
engrenagens não existem mais e o conhecimento do mundo cabe na palma da mão. O
mundo evoluiu muito mas a mente ainda está mecanizada.
Giovanna Gomes de Paula- direito noturno
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