Durkheim, em parte de sua obra “da Divisão do Trabalho
Social”, procura explicar as modificações ocorridas com o surgimento da sociedade
moderna. Para o autor, o êxito do
sistema capitalista trouxe uma transformação em sua própria estrutura, dando
uma nova orientação à sociedade, tanto no sentido social, quanto econômico.
Comparando a sociedade a um organismo vivo, Durkheim mostra
os dois estados em que ela pode se encontrar. O primeiro deles, o estado
normal, que aponta os fenômenos que frequentemente ocorrem na sociedade. O outro, o estado patológico, que aponta
comportamentos que representam doenças. Segundo o autor, tais comportamentos
devem ser isolados e devidamente tratados, pois representam um risco à harmonia
e ao consenso permitidos pela ordem social e pela moral. Assim, ele vê a
sociedade moderna em estado doentio, já que deixou de exercer o papel de “trava”
moral sobre os indivíduos.
O autor considera que os conflitos e desordens comuns na
sociedade moderna são, na verdade, sintomas deste estado patológico e que
instituições que deveriam ser respeitadas, como a Igreja, o Estado ou a família
não oferecem eficácia no controle moral da sociedade. Durkheim chega a conclusão
de que o único elemento capaz de unir a sociedade é a solidariedade social. Tal
solidariedade se expressa por uma maior ou menor divisão do trabalho,
somando-se a consciência, seja ela individual ou coletiva.
Tal teoria levou o autor a demonstrar que os fatos sociais
tem existência própria, independente dos indivíduos e que, no interior de
qualquer sociedade existem formas de conduta e pensamento padronizados.
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