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sábado, 14 de abril de 2012

O mito do extremismo em casos não paradoxais

Desde a Idade Média, a idéia dos extremos é levada em consideração, onde a religião era predominante, não abrindo espaços para novos pensamentos e teorias, sendo uma prisão do raciocínio inventivo do ser humano.

Entretanto, com o passar do tempo e a abertura de novos horizontes, proporcionando o desenvolvimento das ciências, apenas o que é fato consumado e provado cientificamente é levado em consideração, deixando o lado humano, de entender as relações com o próximo, em outro plano. O ponto de vista oposto ao medievalismo é levado como meio de vida, não havendo um equilíbrio.

Na maioria dos acontecimentos e estudos, as escolhas não são paradoxais, é possível a união de idéias para formar uma visão geral, diferente da usual, combinando elementos de doutrinas distintas e obtendo um resultado mais humano sobre o fato, unido a suas causas e conseqüências. O altruísmo alinhado ao presente, é esta a visão que o filme “Ponto de Mutação” de Fritjof Capra tenta passar.

Em qualquer área pode ocorrer esta relação de interdependência, assim como a observada no mundo animal, onde que para a sobrevivência de um ser, é necessária a existência de outro, o denominado mutualismo. Assim, no caso do segmento do Direito, ao realizar uma análise, deve-se levar em conta os fatos concretos, mas não deixando em segundo plano o essencial: que a coisa que está sendo julgada é um ser humano, possui família e exerce papel fundamental nessa “cadeia social”.


João Pedro Leite

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