Materialismo histórico-dialético
(quadro hipotético)
Sobre as ruínas do feudalismo a burguesia instituíra um novo modo de produção que perduraria até nossos tempos. Contemporâneo de transformações sociais radicais em decorrência desse novo âmbito, Friedrich Engels em seu livro ' Do socialismo utópico ao socialismo cientifíco' teorizara o socialismo como o passo último da sociedade a ser alcançado de forma inevitável.
Por meio da análise do que chamou materialismo histórico-dialético - e é isso que difere Engels dos teóricos utópicos - ele percebeu que a humanidade invarialvelmente esteve às voltas com diferentes embates de ideias, comportamentos e ideologias os quais seriam o motor essencial das mudanças na História. O que Engels percebeu foi que a Historia por não ser linear carrega consigo elementos que permanecem e que desaparecem naturalmente a medida que vão surgindo novas sínteses.
Assim, de posse dessa análise e vendo as condições a que eram submetidos o proletariado, as crianças e as mulheres, Engels conclui que o socialismo seria o meio natural de romper com as amarras do capitalismo sem medidas da época e com isso a dialética até então conhecida, seria substituída pela dialética da sobrevivência. Resumindo, somente quando o explorado se tornasse tese, é que se alcançaria o socialismo.
Se, entretanto, Engels previu o fim natural da luta de classes, ele não contava com a globalização. O quadro que vivemos hoje, de grandes corporações, do capital especulativo bem como de uma organização maior do Estado - em comparação com a época de Engels - na minha opinião, só me faz pensar numa única fórmula:
Estado + Iniciativa privada + classe operária.
Não há volta. Pensar numa sociedade sem luta de classes, é como querer imaginar algo tão perfeito que sai fora da razão. Ademais, como colocar na cabeça do burguês, empresário que ele deve dispor de parte de seu lucro para pagar melhor seus funcionários? A melhor saída - não a perfeita, porque nenhuma solução conseguirá extinguir as desigualdades, apenas amenizá-las -, é, já que estamos numa sociedade extremamente mercadológica, conciliar políticas públicas, uma menor tributação sobre a produção e o incentivo à pequena e média empresa. Com isso o proletariado também verá melhorias diretamente e indiretamente ligadas ao seu salário.
O desafio é complicado e árduo e por isso requer uma ação conjunta;
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