A
principio é fundamental entender a relação entre Richard Sennett e Karl Marx. O
primeiro, é um sociólogo e historiador norte-americano que defende a tese de
que o imperativo da flexibilidade é imposto por uma nova configuração econômica
- o “novo capitalismo”, ou seja, uma sociedade em que as novas tecnologias
escravizam mais pessoas do que nunca. No
entanto, para o segundo autor, existem fatores estruturais que se repetem em
todas as sociedades: modo de produção material e a Luta de classes. Em todas as
sociedades, também, o trabalho é visto como a base da vida social, capaz de
moldar as relações humanas, trabalho como plataforma da história. Então, há uma
relação entre o modo como as pessoas produzem sua substância – modo de produção
material. E o modo como elas compreendem o sentido de suas vidas e constroem
suas relações socias. Dessa forma, os dois autores dialogam ao argumentarem
sobre o capitalismo e sua relação com o homem em sociedade.
Sob
efeito do capitalismo tem-se a alienação causada pelo consumo em um sistema
social e politico destrutivo a quem vive nele. Assim sendo, vale conceituar
esse problema, alienação do trabalho: objeto do trabalho não pertence mais ao
trabalhado, processo de trabalho perde o sentido e a vida social, aos poucos,
torna-se também desprovida de sentido (fetiche da mercadoria ou consciência
retificada). Logo, esse sistema produtivo é capaz de gerar alienação
individual. Consequentemente, fenômenos como os fetichismos passam a ser comum. Diante disso, Sennett
quem nos dá uma bela descrição desse tempo, centrando parte de sua análise
justamente no significado do “fetichismo da mercadoria” para entender as bases
culturais que originaram a sociedade do consumo, que uma perspectiva exclusiva
da produção não permitiria apreender. Baseado em histórias da época, o autor
vai revelar como, já nas últimas décadas, era possível ver como os donos das
lojas de departamento “começaram a trabalhar mais o caráter de espetáculo de
suas empresas, de maneira quase deliberada”. Esses proprietários descobriram
que associar um vestido feito à máquina à foto de uma duquesa X lhe conferia um
status que não tinha relação nenhuma com o próprio vestido, e do mesmo modo, ao
pôr uma simples caçarola em uma réplica de um harém mourisco na vitrine de uma
loja, dava a esse objeto um “inexplicável” poder de atração. Ante os expostos,
é comum observar marcas como Nike e Adidas garantirem espaço do público, pelo
fato de ser das marcas, não muito pelo produto em si. Posto isso, é fundamental
frisar que o consumo leva á alienação e uma falsa sensação de existência.
Bianca
Regina Pinheiro
1°
ano Direito - Noturno
RA:
231220138
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