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segunda-feira, 20 de março de 2023

Um olhar para fora

 

Quase todos começam pelo mesmo motivo

O senso construído de justiça no imaginário de cada um

Um certo tipo de refúgio para o individual, um abrigo

O anseio por haver algum sentido, que a vida deixe de ser comum

 

A ciência da prudência me faz ver o mundo de qual forma?

Um mundo mecanizado feito de regra, acordo, norma?

Será que essa ciência humana está se distanciando da humanidade?

Onde começo a aprender sobre mudar a realidade?

 

Um anseio gritante de uma dinâmica da transformação

Um anseio gritante por mudar o que até ontem me foi apresentado como chão

Será que eu possuo mesmo a capacidade de ir além de meus limites individuais?

Será que assim como Rodin na arte, eu posso, eu consigo esculpir problemas sociais?

 

Tantas dúvidas que parecem mais do que meu espírito admite

Será que eu encontro essas respostas na língua viva-morta, o latim?

Será que a qualidade para deixar de ser alheio e perceber o mundo fora de mim

É maior que meu limite?

 

Em que ponto minha individualidade realmente existe?

Minha mãe me ensinou a tirar o boné na hora do jantar

A atravessar a rua somente quando o semáforo fechar

Em que toda essa confusão realmente consiste?

 

 

Maria Eduarda S. Lago

1º Ano Direito (Noturno)

RA: 231221037

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