Quando o pensamento humano seleciona e analisa o método científico como a influência ao comportamento e dinâmica das ciências sociais, é necessário regredir a pesquisa para as próprias bases do método. Qual a realidade humana e social vivida no período de filósofos como Francis Bacon ou o próprio René Descartes? Sendo eles aqueles que trouxeram a primazia do debate acerca da ciência moderna, de que forma a sociedade da época afetou no nascimento do método cartesiano ou do método indutivo?
De forma primordial, é necessário entender que não
apenas a sociedade molda a forma como a ciência é pensada, mas a própria
ciência influencia ativamente no funcionamento do corpo e do ambiente social
cotidianamente vivido pelos seres humanos. Nesse contexto, essa influência se exemplifica
em como a ciência atua em campos domésticos, comerciais ou na política, como em
eleições.
A partir desta análise, é possível concluir que o
método científico original, compilado sobre pensamentos de filósofos do período
histórico moderno, é um reflexo de como os grandes cientistas da época
enxergavam o desenvolvimento do conhecimento, ao mesmo tempo que é a própria
ferramenta por trás desse avanço da ciência e da sociedade.
Num contexto atual, ao sair dessa regressão temporal,
a resposta para a forma qual a sociedade afeta a ciência torna-se mais clara. Os
chamados “tempos contemporâneos” são diferentes de seus antecessores, a
mecanização deu lugar para a dinâmica da informação, o homem perde o controle
sobre o ambiente doméstico, perde o controle dos próprios desejos em função da
exposição propagandística e perde o controle de seus direitos na ascensão
autoritária política recente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário