O
Prof. Dr. Jonas Rafael Santos explicou, a partir da visão do capítulo A questão
de raça de Achille Mbembe, as ramificações do racismo, de que forma o sistema
econômico vigente o propaga e uma reflexão sobre como combate-lo, acrescentando
ainda a sua concepção sobre essa exposição étnico-racial. Tendo em vista isso,
é exposto o modo de criação da imagem do negro, sendo esse um exemplo de outro,
inferiorizado, desprovido de consciência universal. Esse retrato deformado é
fruto da história da escravidão, do negro como produto comercializado pelos
europeus e posteriormente, a tentativa higienista do Ocidente de se determinar
o centro do globo e o mais civilizado, a fim de impor a superioridade branca.
Através
dessas pontuações é possível analisar a sociedade atual. É sabido que aos
poucos tem sido conquistada maior comoção para a luta contra o racismo.
Atualmente, há leis que garantem a cota para pessoas pretas terem maior acesso à
universidade e que punem o racismo, há maior representatividade nos ambientes
tele comunicativos e judiciário. No entanto, segundo pesquisas, cerca de mais
de 60% da população presidiária são pretos e pardo, a população preta é a que
mais ocupa a periferia e o subemprego. Tal fato demonstra que o que tem sido
feito pra mudar essa realidade de racismo e desigualdade é insuficiente.
Diante
desse cenário, Mbembe expõe que o sistema capitalista é o motivo da propagação
do racismo, ao continuar utilizando o corpo preto como forma de subsidio racial
para executar sua mercadoria e difundir a hierarquização racial por meio da
exploração da mão de obra. Logo, esse processo de racialização limita e
determina a circulação e os lugares que os pretos podem ocupar e assim, o
capital permanece concentrado nas mãos do padrão homem branco. Adjunto a isso,
o professor Jonas critica que o mundo enxerga a questão do racismo a partir da
generalização dos norte-americanos, a hegemonia do capitalismo, sendo isso
outro fator de empecilho para a luta contra desse preconceito, uma vez que o
princípio a ser considerado é a África, onde a maior problemática se encontra.
Por
isso, de acordo com Mbembe, o racismo é a condição de aceitabilidade da
condenação à morte numa sociedade de normalização. Entretanto, não se deve compactuar
com esse sistema opressor, é preciso promover lutas abolicionistas e resistir
ao modo de produção capitalista para haver libertação das hierarquias raciais.
Além disso, o professor Jonas pontuou que uma forma de combate importante é
implantar a reformulação curricular, adicionando a historicidade da África como
forma de aprendizado e conscientização na grade escolar.
Luana Silva Araújo Souza - 1°Ano Direito Noturno
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