Como disse Bacon e Descartes, o conhecimento deve ser voltado para o bem da sociedade, deve ter um utilitarismo, a ciência deve evoluir pensando no progresso e desenvolvimento social, deve fazer com que o homem “domine” a natureza. Até certa época esse pensamento foi sim utilizado, não se pode negar os avanços que houve desde a antiguidade, porém agora o conhecimento científico se encontra concentrado nas mãos de poucas pessoas e só são utilizados por minorias privilegiadas, como mostra o filme Ponto de mutação.
A tecnologia está concentrada nas mãos de poucos que só se preocupam em fazer dinheiro e não em melhorar a vida da sociedade, das minorias, a prioridade é só vender e proporcionar tecnologia “de verdade” pra quem pode pagar, podemos exemplificar isso com a medicina, enquanto pessoas ricas com doenças raras se curam rapidamente em hospitais de ponta, pobres morrem na fila de um hospital público por doenças “simples”. Pode se ver este abismo também nesta pandemia do corona vírus em que os pobres sofrem muito mais com esta doença do que os ricos. “A letalidade explodiu nas regiões mais carentes, com Índice de Desenvolvimento Social (IDS) mais baixo”, constata o economista André Luiz Marques, coordenador de programas de gestão e políticas públicas do Insper.
Vale ressaltar um ponto citado pela personagem do filme, Sônia, que a maioria das doenças existentes hoje em dia são causados pela alimentação da sociedade, com alimentos ultraprocessados, industrializados, cheio de agrotóxicos, entre outros. “As evidências acumuladas nos últimos anos indicam que o consumo desses produtos está consistentemente ligado a danos, como obesidade, hipertensão, diabetes, síndrome metabólica, câncer de mama e outros tumores, cólon irritável, asma, depressão e, agora, infarto e acidente vascular cerebral”, comenta Carlos Monteiro, professor titular no Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.
Portanto, vê-se que não há uma preocupação com a população e o seu bem-estar, hoje tudo é movido por dinheiro, e o princípio de fazer ciência para transformar a realidade social, aliviar e melhorar a condição humana ficou pra trás. Quem consegue se utilizar dos benefícios dessa escassa ciência são os que possuem condições financeiras.
Fontes: https://extra.globo.com/noticias/rio/abismo-entre-ricos-pobres-se-reflete-nas-mortes-por-coronavirus-24407597.html
https://saude.abril.com.br/alimentacao/alimentos-ultraprocessados-elevam-risco-de-doencas-cardiovasculares/
NOME: Izabella Duarte de Sá Morillo - DIREITO DIURNO - 1° semestre
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