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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Disfunção Social


Em um contexto, passível de ser julgado longe da atualidade, Weber passa a clamar ação, algo que os sociólogos e filósofos eram julgados a não conseguirem tal feito. Porém, não queria apenas uma ação, simulava ações sociais que encadeadas formariam a sociedade e, para além dela, conheceria cada particularidade individual depois de ter concretizado o coletivo. Mas não pararia por aí, iria além da luta de classes, mesmo que a visão econômica prevalecesse.

Do mesmo modo, “seus olhos e seus olhares, milhares de tentações”, assim como a mulher de Leoni, a sociedade e seus “padrões” influenciariam o modo e as sequências dos acontecimentos, apesar de sabermos que os grupos sociais e o “senso comum” é de grande participação na formação das ideologias contemporâneas, o que são grandes armas políticas junto à mídia. E, assim, não necessariamente, com todos esses protestos e hashtags fora Dilma, ou agora, fora Temer, estamos caminhando para uma revolução que significará um feito histórico, ou até marcará, mas sob qual ponto de vista? O de um golpe parlamentar ou a de uma salvação política e econômica brasileira?

Ao mesmo tempo vale analisar a visão de um desempregado e marginalizado pelo sistema ao entrar armado tentar roubar um quilo de comida para sua família ou, então, um menor de idade ao ser pego com cinco quilos de cocaína em sua mochila. E, assim, o que mudaria seria apenas a dinâmica social, o que cada ambiente e coletivo demandaria, não mudando o ser. Então, como devemos julgá-los? Devemos nos colocar em suas situações para entender o que os levou ao ato infracional e acabar com a “disfunção” social.

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