Em um contexto, passível de ser julgado longe da
atualidade, Weber passa a clamar ação, algo que os sociólogos e filósofos eram
julgados a não conseguirem tal feito. Porém, não queria apenas uma ação,
simulava ações sociais que encadeadas formariam a sociedade e, para além dela,
conheceria cada particularidade individual depois de ter concretizado o
coletivo. Mas não pararia por aí, iria além da luta de classes, mesmo que a
visão econômica prevalecesse.
Do mesmo modo, “seus olhos e seus olhares, milhares de
tentações”, assim como a mulher de Leoni, a sociedade e seus “padrões”
influenciariam o modo e as sequências dos acontecimentos, apesar de sabermos
que os grupos sociais e o “senso comum” é de grande participação na formação
das ideologias contemporâneas, o que são grandes armas políticas junto à mídia.
E, assim, não necessariamente, com todos esses protestos e hashtags fora Dilma,
ou agora, fora Temer, estamos caminhando para uma revolução que significará um
feito histórico, ou até marcará, mas sob qual ponto de vista? O de um golpe
parlamentar ou a de uma salvação política e econômica brasileira?
Ao mesmo tempo vale analisar a visão de um
desempregado e marginalizado pelo sistema ao entrar armado tentar roubar um
quilo de comida para sua família ou, então, um menor de idade ao ser pego com
cinco quilos de cocaína em sua mochila. E, assim, o que mudaria seria apenas a
dinâmica social, o que cada ambiente e coletivo demandaria, não mudando o ser.
Então, como devemos julgá-los? Devemos nos colocar em suas situações para
entender o que os levou ao ato infracional e acabar com a “disfunção” social.
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