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sábado, 19 de março de 2016

Tagarela contemporâneo

     Ultimamente, todos parecem ter um lado e asseguram-se de estarem munidos de argumentos concretos para defende-lo. Baseado em um trecho do livro " Novo Organum" de Francis Bacon, o qual ele critica os pensadores gregos, escrevo sobre o atual panorama de estagiários a cientistas políticos ou mestres em Direito. Para dar início ao meu desenvolvimento, lanço o trecho que me motiva. Bacon escreve: “Os gregos, com efeito, possuem o que é próprio das crianças: estão sempre prontos para tagarelar, mas são incapazes de gerar, pois, a sua sabedoria é farta em palavras, mas estéril de obras".
     É praticamente impossível se alienar sobre os recentes fatos da política brasileira. Independente de qual lado você está, certamente tu tens uma boa noção do que se passa em Brasilia e em Curitiba nos últimos tempos. Longe de mim discorrer sobre esses fatos. Não estamos nos veículos de comunicação tradicionais de mídia. Minha intenção aqui é tratar da "tagarelação" política que se inutiliza por si só.
    O choque de ideias é extremamente necessário. Só há avanços quando existe mais de uma proposta na mesa. Entretanto, ressalto aqui o perigo de discursos carregados de senso comum e falas repetidas. De nada é proveitoso esse tipo de ato, apenas nos faz perder tempo pela leitura e os autores pela escrita. Parafraseando Bacon: Essas mensagens advindas de alguns debates não são capazes de gerar benfeitorias pois são fartas de palavras e estéreis em ideias concretas.
   Sendo assim, concluo minha analise da contemporaneidade com uma ressalva. Minha intenção aqui não é desmoralizar ou deslegitimar debates políticos, muito pelo contrário, creio na importância e na necessidade de tais atos. Apoio, participo e acompanho diversos deles. Apenas escolho e redijo aqui algum pensamento que me abateu durante a leitura do livro de Francis Bacon. Dessa forma, aconselho a continuação dessas argumentações políticas, tomando o cuidado com discursos repetidos, vazios e do senso comum. Aprofundar em temas como esses são essências e compensatórios, afinal, quanto mais profundo se vai em algum tema, mais se sabe, e, como o pensador aqui citado diz, " saber é poder".

Guilherme Araujo - 1* ano - Noturno

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