Francis Bacon
foi muito importante para nortear os caminhos tomados pela ciência moderna,
apesar de não ter sido um cientista de fato. Seu método é que ganhou destaque,
como pode-se perceber em seu texto “Novo Organum” Bacon pretendia refutar o
método aristotélico vigente, ou seja, todo o modelo filosófico/científico
até então. A filosofia de Bacon, a meu ver, fundamenta-se em alguns conceitos
mais importantes: empirismo, ídolos, teoria da indução e utilitarismo. Primeiramente,
Bacon defendia a experimentação e a prática, opondo-se ao Racionalismo de
Descartes, por exemplo. Outro ponto é a questão dos fatores responsáveis pelos
erros cometidos no domínio da ciência: os ídolos, que Bacon dividiu em alguns
grupos, como as deficiências do próprio espírito humano (raça), educação e
pressão dos costumes (caverna), mau uso da linguagem (vida pública) e submissão
excessiva às autoridades, como Aristóteles (autoridade). O tópico dos
ídolos é um diferencial, pois é evidente que torna-se muito mais fácil a
resolução de um problema quando se começa pela raiz do mesmo. O método de Bacon é fundado na teoria da indução:
aplicação de hipóteses previamente arquitetadas em situações e não mais criar
hipóteses a partir de tais situações, opondo-se a dedução anteriormente
praticada. É possível notar que Bacon, na construção de seu método, partiu da crítica ao pensamento aristotélico, que, segundo ele, produzia conhecimentos desprovidos de finalidade, ou seja, não possuíam resultados práticos para a vida do homem. Ao contrário de tal pensamento, ele defendia o utilitarismo. Para ele, “saber é poder” e o conhecimento humano deveria ser utilizado para a melhoria da qualidade de vida do próprio homem.
Apesar do
empirismo verificado, “Novo Organum” se afasta da vertente radical dessa
corrente, assim como critica o Racionalismo exagerado.
Maria Eduarda Tavares da Silveira Léo. 1º ano, diurno.
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