“Não
há sempre sujeito, ou sujeitos. Digamos que o sujeito é tão raro quanto as
verdades”. Conforme discutido pelo filosofo A. Badiou, o homem contemporâneo
tornou-se objeto, objeto de uma sociedade coercitiva. Porém, é incapaz de
perceber que não está mais a frente de suas decisões. O resultado disso, é um
sujeito esvaziado de sentido pessoal, que flutua ao sabor das notícias,
programas, opiniões e teorias do momento.
Conforme,
ainda, discutido pelo sociólogo Max Weber, mesmo quando analisa-se entes coletivos
como o Estado, deve-se considerar a ação dos indivíduos, que é transformada de
acordo com a sociedade em que vivem. Vale ainda ressaltar, a opinião do psicólogo
social Kenneth Gergen, que se refere a esse processo através do termo “multifrenia”,
que é caracterizada por ser uma síndrome normal da pós-modernidade
caracterizada pela dissociação do indivíduo numa multiplicidade de
investimentos. Dessa forma, a identidade já não é vivenciada como una e
estável, mas sim sujeita a uma multiplicidade de manifestações, por vezes
díspares e inusitadas aos olhos de um observador externo.
Enfim,
já não existe mais uma essência individual à qual a pessoa permanece fiel ou
comprometida. A identidade é continuamente emergente, reformada e redirecionada
na medida em que a sociedade deseja.
Contudo,
a fim de solucionar o problema da débil e frágil subjetividade do homem do
século XXI, são necessárias reformas na educação à época da formação da personalidade de
jovens e crianças. Além disso, é preciso “nadar contra a maré” da sociedade,
mesmo que seja árduo e desafiador. Assim, sujeitos não serão mais tão raros,
como afirma Badiou, ou arrastados pela sociedade, como discute Weber, mas sim,
a maior parcela populacional da sociedade contemporânea.
Heloísa C. Leonel
1º ano Direito Diurno
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