Durkheim no século XIX procurou analisar os fatos sociais- ações
individuais determinadas pela influência da coletividade- de forma científica. Nesse
sentido, o referido autor ultrapassa a noção positivista de seu predecessor,
Comte, ao analisar a sociedade real e não sua versão utópica.
Transportando o pensamento “Durkheimniano” para a
contemporaneidade, é possível observá-lo de forma evidente, por exemplo, em
países árabes. Homens se dispõe a tirar sua vida pela crença em uma guerra
santa, mulheres se submetem à comportamentos ocidentalmente considerados
machistas devido a acomodação às regras impostas pela sociedade em que vivem. Ao
ter hábitos moldados pelo grupo social, os indivíduos são levados a reproduzir
modelos comportamentais generalizados, acreditando que são oriundos de uma elaboração
própria. Por outro lado, os indivíduos que se contrapõem ao fato social existente
em seu meio, em vez de aceita-lo, acabam por criar um novo. Esse é o ciclo
vicioso que manipula os homens desde seu nascimento.
Não é possível definir, com certeza, até que ponto
a coerção das regras coletivas agem sobre as escolhas individuais. Entretanto, se
essa coerção for mesmo tão forte e inelutável como afirma Durkheim, é possível fomentar que o livre
arbítrio não existe, é apenas uma utopia assim como a sociedade pré-determinada
por Comte. Vivendo apenas como uma marionete social o ser humano não poderá nunca considerar-se único, individual ou livre.
Juliana Previato
1º ano direito noturno
1º ano direito noturno
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