Sobre a dialética
A trajetória dialética da história da humanidade, segundo Hegel, possui três fases distintas: tese, antítese e síntese. A tese nos remete ás civilizações antigas, a antítese teria ocorrido com o surgimento do cristianismo e o terceiro momento teria emergido com a Revolução Francesa, chamado por ele de síntese absoluta. E é a partir desse terceiro período em que se evidencia a emergência do Estado moderno.
Karl Marx e Friedrich Engels foram responsáveis por uma das mais conhecidas interpretações da dialética hegeliana. A partir do conceito de dialética criado por Hegel, eles a reestruturam e introduzem uma nova temática. Por entenderem o movimento histórico como derivado das condições materiais da vida, eles denominam essa nova dialética de materialista.
A dialética materialista tende a analisar a história da humanidade a partir de uma perspectiva socioeconômica . E seguindo esse pensamento, os períodos em que a história se divide são sempre marcados pela contradição. Essa contradição se deve a disparidade material dos indivíduos dentro da sociedade, em que o exemplo mais clássico é dado pela discrepância entre a classe proletária e a burguesia após a ascensão do capitalismo.
A principal crítica marxista ao pensamento hegeliano diz respeito à falta de materialidade e concretude observados em sua dialética. De acordo com Marx, Hegel analisa a dialética no plano do espírito e das ideias, ou seja, idealmente. No método marxista, o materialismo histórico dialético, é evidente uma preocupação com a interpretação da realidade somada ao caráter histórico da sociedade.
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