Antes
de entrar no pensamento positivista, a sociedade passou por alguns estágios. Os
primeiros estágios se comparam a época em que o homem justificava a vida, as
ações e acontecimentos humanos com base na existência de um ser superior (Deus)
e em aspectos da natureza. Com o passar do tempo, o homem teve maior confiança
em seu próprio conhecimento e se desprendeu da teologia e metafísica.
A partir desse momento, inicia-se o
estágio positivista: as ciências avançam e tem como base a observação
científica. O espírito humano é amadurecido e as ciências progridem. Porém as
ciências da sociedade ainda estavam atrasadas, não tinha evoluído ao estágio
positivista. Comte cria toda uma filosofia social para estudo da sociedade como
ela é, tendo em vista a análise de seus acontecimentos concretos.
Num segundo momento, a proposta
positivista da sociedade é fundada. O positivismo é muito mais que um
desprendimento da metafísica e da teologia. A sociedade positivista só progride
de fato com a manutenção da ordem. E essa ordem social deve ser respeitada por
todos os componentes: governante, instituições e povo.
A ordem é o pressuposto do progresso. Um
estado sem ordem se apresenta fraco e não progredi. Cada indivíduo na sociedade
tem um lugar e um papel a ser cumprido. E para isso todos devem ser educados
para saberem respeitar essa ordem. Nela não há mobilidade social e todos devem
respeitar isso. Assim o governante governa, os professores ensinam, e assim por
diante. E o progresso vem para a felicidade de todos.
A filosofia positivista tem reflexos hoje
como sociedades conservadoras. Para os positivistas atuais, ela vem para
reestabelecer a ordem e corrigir a anarquia intelectual, contrariando opiniões
de muitas pessoas que prezam a livre escolha de papeis na sociedade.
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