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sexta-feira, 31 de agosto de 2012



     
‘’Farinha do mesmo saco’’?

Émile Durkheim em seu livro ‘’ A divisão social do trabalho’’ faz uma análise muito profunda acerca das sociedades pré-modernas e das ditas modernas. No segundo capítulo já aqui estudado, ele analisa as sociedades pré-modernas, e no terceiro que será nosso objeto de estudo ele discorrerá sobre as sociedades pós-modernas ou simplesmente modernas.

De acordo com Durkheim tais sociedades são sociedades extremamente complexas onde existe um alto nível de diferenciação social, o que acaba por gerar na sociedade uma pluralidade, uma especialização. Nessas sociedades ocorre não mais o predomínio da consciência coletiva, mas sim uma interdependência de pensamentos, ou seja, cada tem indivíduo tem uma racionalidade própria. A solidariedade orgânica é representada pela complementaridade das funções, e que tem como direito predominante, não mais aquele direito punitivo e sim o direito restitutivo, que tem o intuito de devolver a funcionalidade normativa da sociedade e que não é movido por uma mentalidade singular.

Essas sociedades são sociedades muito peculiares onde o elemento da diversidade cultural, da diversidade de pensamentos, constitui a base afirmativa de tais sociedades pautadas principalmente, como já foi dito na grande diferença social.

Apesar de as sociedades modernas serem representadas por essas características, ainda podemos ver algumas atitudes características das sociedades pré-modernas, como por exemplo, nos casos em que os pais cometem abuso sexual com suas filhas onde a sociedade diz que esse indivíduo é um monstro e deveria ser morto, ou seja, dentro da perspectiva Durkheimeniana essa mentalidade representa sim um resquício da consciência coletiva na própria sociedade moderna.

Portanto mesmo com tantos anos passados, com todos esses avanços conseguidos e sendo conseguidos pelas sociedades modernas a sociedade pré-moderna ainda engendra as sociedades atuais, o que acaba por justificar a riqueza em se estudar o tema como o fez Émile Durkheim nesta obra.

Afonso Marinho Catisti de Andrade


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