Quando é noticiado um crime hediondo toda a sociedade se revolta e clama por justiça. Mostram-se os familiares da(s) vitima(s) e enfatizam na tristeza, no desespero, na raiva, na descrença na justiça que sentem e na impotência que a maior parte da população tem para encarar a violência e o crime.
No filme “Código de Conduta” vê se aparentemente a mesma situação. Um pai, aparentemente normal, que teve suas esposa e filha assassinadas brutalmente e que frustrou-se com a justiça, na qual um ambicioso promotor preferiu fazer um acordo com um dos assassinos (o mais cruel dos dois) com medo da derrota no tribunal e da conseqüente diminuição de sua taxa de condenações.
Porém, tendo os meios e a vontade de justiça/vingança, Clyde (o pai) decide arquitetar um plano para fazer justiça com suas próprias mãos e, passa, a partir dai, a matar todos os envolvidos com o caso de sua família, seja os assassinos, sejam os agentes do Estado e advogados.
No filme, vê se um caso onde a balança da justiça pendia, lamentavelmente, para a impunidade. Num caso onde a ambição de um promotor e os subterfúgios das leis absolveram um monstro, um homem resolveu contrabalancear a injustiça com sangue e trouxe a reflexão: na matemática do direito restitutivo o que é justiça? O que uma pessoa, de quem foi tirado tudo o que importava, pode considerar justiça? O que o Estado pode fazer para ser punitivo e ao mesmo tempo justo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário