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quarta-feira, 8 de junho de 2011

A divisão do trabalho na visão de Durkheim

Durante o trabalho da dupla Marx e Engels, particularmente no trabalho de Marx, poderemos encontrar várias afirmações culpando a divisão do trabalho e a propriedade, mas especialmente a divisão do trabalho, como causas do progresso humano ser permeado de conflitos e revoluções, ou seja, de ele não ter sido contínuo e regular. Durkheim, entretanto, não muito tempo antes, possuía um olhar que se assemelha ao oposto dessa ideia: Essa mesma divisão do trabalho possui papéis fundamentais, como contribuir para uma provisão de um sistema maior, ou ainda, sob um olhar mais voltado para o lado social, essa divisão assegura a coesão social e determina os traços constituintes de uma sociedade.

Durkheim utilizava-se de uma comparação muito interessante. A sociedade poderia ser comparada a um organismo, um corpo, e assim cada indivíduo, como uma célula constituinte desse mesmo corpo, deveria cumprir um papel ou satisfazer a alguma necessidade, tendo em vista, assim, o bem social. É por isso que a solidariedade, ou seja, o agir sempre tendo em vista o bem coletivo, para este pensador, deveria ser algo intrínseco em cada membro de uma sociedade.

A divisão do trabalho, então, é encarada como fator de integração, como unidade do corpo social. Durkheim assim diz: "Ela não serviria somente para dotar as nossas sociedades de um luxo, talvez inegável, mas supérfluo; (...) É através dela (...) que seria assegurada a sua coesão, é ela que determinaria os traços essenciais da sua constituição".

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