Ao estudar Marx e Engels percebe-se a colocação das representações ( ciência, religião e arte) como fenômenos que além de serem expressões da condição materialista do momento, também são ferramentas de alienação.
Ao analisar a história, nota-se a comprovação desse pensamento.Por décadas a Igreja Católica problematizou o acúmulo de riquezas como algo pecaminoso; porém após a ascensão burguesa e a reforma protestante ( em especial o surgimento do calvinismo), foi necessário que a Igreja Católica repensasse sobre a estigmatização do acúmulo de riquezas, visto que essa problemática monetária não condizia com a condição material do período.
Outro exemplo é a estigmatização da ciência e de cientistas pela Igreja Católica em sua época dominante na Europa, como visto na condenação de Galileu que mesmo estando certo em relação a seus estudos, foi obrigado pela Igreja a admitir o contrário.
No ambiente artístico, a arte de Van Gogh, Monet e dos impressionistas é extremamente valorizada nos dias de hoje; porém na época em que foi produzida, esses estilos artísticos não eram condizentes com o que era valorizado no período, ou seja não seguiam os padrões de perspectiva e técnicas rígidas que eram empregadas na arte daquele tempo.
Em relação a alienação, as religiões são utilizadas como forma de criarem esperanças nos fiéis de uma “fuga” de suas vidas muitas vezes oprimidas. Já as artes e a ciência são utilizadas como distrações dos problemas da sociedade.
Nota-se dessa maneira que de diversas formas, essas representações foram expressões das condições materialistas do momento e servem até hoje como forma de alienação aos indivíduos.
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