Chove onde não devia,
seca onde era fartura.
A terra geme em silêncio,
e o homem finge ternura.
Durkheim nos diria:
não é só o clima que muda,
mas um fato social que clama,
e a sociedade não escuta.
O lixo que cresce nas ruas,
o fogo que sobe a montanha,
não são gestos isolados —
são escolhas que se entranham.
A norma ainda ensina o consumo,
o progresso sem medida.
Mas quem pune o desequilíbrio
que ameaça tantas vidas?
A natureza reage,
como quem já não aguenta.
E nossa resposta?
Ainda é lenta.
Mas mesmo o desastre tem função,
ele mostra o que está por vir:
ou mudamos juntos a rota,
ou veremos tudo ruir.
Laysa Pereira de Araújo - 1° ano (Matutino)
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